🧨 Pandemônio Fiscal & Geo‑Estratégico: O Brasil entre Trump, inflação e dívida explosiva

🧨 Pandemônio Fiscal & Geo‑Estratégico: O Brasil entre Trump, inflação e dívida explosiva

1. Guerra comercial EUA–Brasil: o aperto que virou trator

  • Donald Trump, de volta ao Palácio, anunciou tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto — justificativa? “Déficit comercial” e vingança política por Lula manter Bolsonaro sob julgamento. O detalhe: os EUA mantêm superávit com o Brasil desde 2006. The Washington Post+2Wikipédia+2AP News+2
  • O gastrônomo Haddad assume que pode não haver acordo até o prazo, mas diz que o Brasil já tem Plano B: redirecionar exportações — o que significa se virar com China, Europa e o que mais pintar. Ainda assim, vai demorar para engrenar. Reuters

2. Inflação persistente e Selic lá no alto

  • Novas previsões mostram inflação de ~5,2% em 2025, caindo lentamente para 4,4% em 2026. Em boa parte, acima do teto da meta do Banco Central (3%, ±1.5 pp). Agência Brasil+3Reuters+3Reuters+3
  • A Selic disparou para 15%, patamar mais alto desde os anos 2000, e deve se manter até o fim do ano. O BC sinaliza que pode começar a cortar no começo de 2026, se as pressões derem trégua. ReutersReutersReutersOECDAmericas Quarterly

3. Dívida pública: o elefante no orçamento

  • O Tesouro revisou a dívida bruta para ~82% do PIB em 2026, chegando até 84% em 2028 — o segundo pior cenário da história recente atrás apenas de 2015–18. Juros altos e gastos puxam o trem. Reuters

4. O trunfo chinês e a nova diplomacia econômica

  • No meio desse caos, o Brasil abre um escritório fiscal em Pequim e prepara seu primeiro panda bond (em renminbi) para diversificar financiamentos e blindar riscos com os EUA. Uma dança pragmática que busca oxigenar receitas num mercado internacional turbulento. Financial Times

5. Lava‑Jato cambial e clima institucional

  • O STF autorizou uma investigação sobre possível insider trading cambial, após intensa volatilidade no real no dia do anúncio das tarifas — parece que alguém soube antes e vendeu real para se proteger. Que Brasil é esse? Reuters+1The Washington Post+1
  • Lula vangloria-se por resistir à diplomacia americana. As críticas à interferência estrangeira catapultaram sua popularidade, enquanto o cenário judicial contra Bolsonaro endurece (tornozeleira, restrições políticas, etc). A crise fortaleceu Lula. The Washington Post+2AP News+2The Washington Post+2

6. Reforma fiscal e embates com o Congresso

  • O governo propôs elevar o IOF para gerar R$ 61 bilhões até 2026, mas o Congresso derrubou o decreto — humilhação rara, já que foi revogado mesmo tendo maioria governista. Agora Lula tenta manter o texto no STF. Wikipédia

7. Perspectivas segundo FMI e OCDE

  • O IMF projeta crescimento de 2,3% em 2025 e convergência da inflação para a meta só em 2027, após política monetária rígida e reformas fiscais necessárias. O horizonte inclui o pacote tributário e avanço na transição verde. imf.org
  • A OCDE segue no mesmo tom: crescimento em declínio (2,1% em 2025, 1,6% em 2026), fiscal expansionista e dívida em alta; só uma “reforma real” e investimento em produtividade amenizam o caos. OECDAmericas Quarterly

🧠 Conclusão Genial‑Playerman:

Este é o momento em que o Brasil se equilibra em corda bamba:

  • Juros nas alturas drenam crédito, freiam investimento e jogam dívida no modo crise.
  • Inflação persistente corrói poder de compra, mesmo com política monetária ultra‑restrictiva.
  • Pressões fiscais externas e internas, com déficit primário e tensão política derrubando decretos.
  • Geopolítica como alavanca econômica: escolher entre armar-se mais perto da China e da BRICS ou tentar domar o urso Trump.

Se você acha que o governo vai escapar ileso desse turbilhão sem reformas duras ou novas surpresas populistas… meu amigo, o dólar já deve estar passeando de limousine.

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