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Eficiência | Incentivar a equipe a tirar férias ajuda na produtividade

  • Existe uma regra não escrita de que agosto é a temporada de férias, e a maioria das coisas pode esperar até setembro

  • Os americanos tiraram a menor quantidade de dias de férias em todo o mundo em 2021

  • Com mais de dois terços dos americanos se sentindo pelo menos um pouco esgotados

  • Os empregadores que valorizam seus funcionários – e os resultados deles – devem fazer de tudo para incentivá-los a fazer uma boa pausa


férias
Mesmo quando as pessoas tiram férias, metade delas admite levar seus notebooks de trabalho e 41% frequentemente participam de videochamadas

Na Europa, as férias de verão são sagradas. Existe uma regra não escrita de que agosto é a temporada de férias, e a maioria das coisas pode esperar até setembro. Mas enquanto os colegas europeus desfrutam desse descanso, muitos funcionários americanos ainda estão na frente de suas mesas. 


De acordo com a empresa de viagens Expedia, os americanos tiraram a menor quantidade de dias de férias em todo o mundo em 2021, deixando uma média de mais de quatro dias ou 29% de suas folgas remuneradas não utilizadas. 


No entanto, com mais de dois terços dos americanos se sentindo pelo menos um pouco esgotados, é mais importante do que nunca que as pessoas se desconectem do trabalho. E é do interesse dos empregadores garantir que eles façam isso.


O desgaste do trabalho híbrido


Com o aumento do trabalho remoto e híbrido, as linhas entre a vida pessoal e profissional ficaram cada vez mais tênues, tornando difícil para as pessoas desligar completamente. 


Apesar de o híbrido ser a maneira preferida de trabalhar dos funcionários e estar associado a um melhor bem-estar e equilíbrio, os dados sugerem que esse modelo pode ser mais emocionalmente desgastante do que o trabalho totalmente remoto ou no escritório. 


“Uma rotina previsível e consistente pode ajudar as pessoas a lidar com sentimentos de estresse e incerteza – especialmente durante uma pandemia”, diz Elora Voyles, psicóloga organizacional industrial e cientista de pessoas da plataforma de envolvimento de funcionários TINYpulse. 


“O híbrido, no entanto, exige mudanças frequentes nesses hábitos diários: os funcionários precisam mudar constantemente as coisas, por isso é difícil encontrar uma rotina quando sua agenda está sempre dentro e fora do escritório.”


Mesmo quando as pessoas tiram uma folga, metade delas admite levar seus notebooks de trabalho nas férias e 41% frequentemente participam de videochamadas, o que os deixa ainda mais exaustos.


O que quer que esteja por trás dessa dificuldade em se desconectar, não é sustentável para funcionários e empresas. Quando a equipe não consegue desligar totalmente, muitas vezes eles lutam para ter o melhor desempenho e são mais propensos ao burnout.


Esse é um problema sério para os empregadores. Pesquisas da plataforma de gerenciamento de trabalho móvel Asana descobriram que qualquer pessoa que sofre de burnout no trabalho corre um risco maior de ter baixa moral, ser menos engajado, cometer mais erros e deixar a empresa.


É por isso que os empregadores que valorizam seus funcionários devem fazer de tudo para incentivá-los a fazer uma boa pausa. Quando as pessoas conseguem recarregar totalmente, elas retornam ao local de trabalho com um “senso renovado de energia e propósito, o que aumenta sua produtividade e motivação”, diz Kevin Cashman, autor de “The Pause Principle: Step Back to Lean Forward” (“O Princípio da Pausa: Um passo atrás para ir adiante”, em tradução livre).


Além disso, é muito melhor para as empresas apoiar e reter os talentos existentes do que gastar tempo, dinheiro e esforço para contratar e treinar alguém novo.


Reconhecendo a importância de dar um tempo aos funcionários para eles se desestressarem, alguns grandes empregadores, incluindo LinkedIn e Hootsuite, introduziram férias em toda a empresa (momentos em que todos têm a mesma semana de folga). 


Outros, como PwC e Grant Thornton, dão aos funcionários uma semana de trabalho mais curta para aproveitar o verão. No entanto, existem outras maneiras de as empresas estabelecerem práticas saudáveis ​​​​em torno das folgas remuneradas.


Normalize as férias

Comece comunicando os benefícios de usar todos os dias de férias remuneradas para que os funcionários não tenham dúvidas de que tirar uma folga é bom para seu trabalho e bem-estar e é visto positivamente pela empresa. 


As pessoas às vezes resistem em tirar férias porque temem a montanha de trabalho que estará à sua espera na volta. Os líderes podem ajudar a aliviar o estresse providenciando cobertura para tarefas urgentes e ajudando os funcionários a priorizar seu trabalho antes das férias e quando voltarem.


Dê o exemplo

Os fundadores e CEOs de empresas não devem apenas promover os benefícios das férias, mas também colocar esse discurso em prática. Com mais responsabilidades, é mais difícil tirar uma folga, mas esse é um exemplo saudável para a equipe, além de todos se beneficiarem de uma pausa. 


Como Arianna Huffington, cofundadora do Huffington Post, disse a uma CHRO que achava que tirar férias anuais parecia um luxo que ela não podia mais aproveitar: “Eu disse que ela deveria considerar o tempo para si mesma como um investimento em sua liderança – não um luxo. Ela viu resultados apenas fazendo esse pequeno investimento. Sua tomada de decisão ficou melhor e sua liderança foi mais empática e criativa.”


Estabeleça limites

Com os líderes dando o exemplo para o resto da organização, eles devem resistir ao desejo de responder a emails não urgentes ou receber ligações durante as férias. Da mesma forma, deve-se evitar entrar em contato com funcionários que estão de folga. Isso reforça o respeito pelo seu tempo e os incentiva a aproveitar ao máximo suas férias.


Limite o acúmulo de férias

Se os funcionários puderem transferir seus dias de férias ou forem pagos pelas férias remuneradas acumuladas, geralmente há menos incentivo para eles tirarem essas folgas. Ao introduzir uma política de “use ou perca” ou limitando o número de dias que os funcionários podem transferir, os empregadores podem ajudar a garantir que as pessoas usem seus dias de licença e façam as pausas de que precisam.


Incentive pausas regulares

Claro, as férias de verão não são uma solução mágica para o esgotamento dos funcionários, nem podem manter a saúde, a felicidade e a produtividade deles em alta durante todo o ano – mas elas fazem diferença. A especialista em gerenciamento de estresse Elizabeth Scott cita vários estudos ao dizer que fazer uma pausa promove um pensamento mais claro e pode melhorar o desempenho no trabalho.


Para prolongar o efeito das férias e ajudar as equipes a trabalhar da melhor maneira possível, a chave é tornar o autocuidado parte dos negócios. Isso significa incentivar os funcionários a usar suas noites, fins de semana e folgas remuneradas como uma chance de deixar o estresse para trás e se concentrar nas coisas mais importantes. Se as pessoas estiverem bem descansadas, seu equilíbrio entre vida profissional e pessoal melhora, elas estarão mais energizadas e engajadas – e seu negócio ficará melhor por causa disso.



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