Um estudo feito com mais de 10 mil brasileiros mostrou que o consumo de alimentos ultraprocessados aumenta a taxa de declínio cognitivo. A pesquisa revelou que pessoas a partir de 51 anos tiveram alterações no desempenho cognitivo ao longo do tempo avaliadas pelos testes de evocação imediata e tardia de palavras, reconhecimento de palavras, fluência verbal fonêmica e semântica.
Segundo o Jornal da USP, a avaliação da dieta dos participantes foi feita por meio de Questionários de Frequência Alimentar (QFA), que utiliza uma lista de alimentos classificados de acordo com a extensão do processamento industrial e a frequência em que eram consumidos.
No parâmetro da Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo o Modelo de Perfil de Nutrientes da OPAS, os alimentos processados são produtos alimentícios produzidos industrialmente usando sal, açúcar ou outros ingredientes para preservá-los ou torná-los mais palatáveis.
Já as comidas ultraprocessadas são aquelas industrialmente formuladas que contêm substâncias extraídas de alimentos – como caseína, soro de leite e proteínas isoladas – ou substâncias sintetizadas a partir de constituintes alimentares – como óleos hidrogenados, amidos modificados e sabores.
“Uma porcentagem maior de consumo diário de energia de alimentos ultraprocessados foi associada ao declínio cognitivo entre adultos de uma amostra etnicamente diversa. Esses achados apoiam as recomendações atuais de saúde pública para limitar o consumo de alimentos ultraprocessados devido ao seu potencial dano à função cognitiva”, defende o estudo chamado Associação Entre Consumo de Alimentos Ultraprocessados e Declínio Cognitivo, publicado pela JAMA.
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